MACUMBA
Acontece alguma coisa muito estranha comigo. Deve ser praga de albano. Passo tres, duas horas numa loja e saio de la com as maos vazias. Nossa moeda, esta coisa pobre, nao pode ser real.
Três mineiros dividem um apto. no Morumbi, ou melhor, Vila Suzana.
Acontece alguma coisa muito estranha comigo. Deve ser praga de albano. Passo tres, duas horas numa loja e saio de la com as maos vazias. Nossa moeda, esta coisa pobre, nao pode ser real.
O que era aquilo?! Parecia uma manada de búfalos, mas era uma vaca atolada. E também feijão tropeiro, lombo com batatas, couve na manteiga, arroz e tuto bêbo. Isso porque antes de chegar nos pratos, todo mundo já estava cheio de tanto pãozinho com patê, caipirinha e afins. Por pouco a vaca não foi pro brejo. Foi assim o almoço de domingo, a única refeição do dia, e do dia seguinte. Nos bastidores, Alexandra, e depois para reforçar o time, Josimar. E eu, claro, no papel de multi-processador Arno. Na sala, Aline, Marilisa, Trentas e Pati, Lavi e Naninha aguardavam o desfeixo do rango.
Ficou tudo muito bom. E todos comeram até dizer chega e quase foram rolando de volta pra casa. Mas não antes de comer a sobremesa: trufas da Aline, torta de amêndoas com sorvete e uma sobremesa-macumba, o espera marido. E não antes de tomar um cafezinho, que eu mesmo fiz. E não antes de tomar um licorzinho. E não antes de fumar charuto. E não antes de quase perder os sentidos..
Mas se você não quer ganhar peso, é fácil. Basta comer só a salada, que ficou ali no canto da sala, intacta.