quarta-feira, dezembro 15, 2004

Festenha da ferma

Eu não pensei que fosse acordar com ela. Ontem à noite ela me parecia tão distante. E fazia tempos que não a via. Até quando fui pra cama, achei que ela partiria antes do amanhecer. Ela sempre faz isso. Mas não. Acordei, e ela estava lá. E me fez revelações surpreendentes. Disse assim no meu ouvido, com aquela vozinha rouca (eu tenho uma queda por vozinhas roucas pela manhã), que o whisky da festa não era tão bom. Eu disse que essa era a última vez, que não queria voltar a vê-la. Ela sorriu sarcasticamente e me lembrou que já prometi isso antes, e que apesar disso ela tinha certeza que iríamos nos reencontrar. Depois, como prova de companheirismo, tomamos café da manhã juntos e ela veio comigo para o trabalho. Daqui a pouco, vamos para uma reunião.
Maldita ressaca.